Risco Financeiro: O que é, como calcular e evitar

October 29, 2024
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Roberta Rocha
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O Risco Financeiro, no mundo dos negócios e das finanças, é um termo comum. Engana-se quem pensa que a vulnerabilidade financeira é exclusividade de empreendimentos brasileiros; no Brasil e no mundo o risco econômico está presente no dia a dia dos empreendedores. Assim, percebe-se que o cenário financeiro, tanto para empresas quanto para indivíduos, está inevitavelmente envolto em incertezas. 

Essas incertezas geram o que chamamos de Risco Financeiro, que, quando mal administrado, pode ser um grande obstáculo ao crescimento e à sustentabilidade do seu negócio. Saber como identificar, calcular e mitigar esse risco é fundamental para a sobrevivência no mercado competitivo atual.

Neste artigo, vamos abordar de forma detalhada o conceito de risco financeiro, discutir como ele pode ser calculado e, mais importante, como evitá-lo ou minimizá-lo. Além disso, incluiremos dicas extras - que aprendemos ao longo dos 12 anos de experiência no Nibo - que farão toda a diferença na gestão financeira da sua empresa.

O que é Risco Financeiro?

Risco Financeiro é a possibilidade de prejuízo que uma empresa ou indivíduo enfrentam devido a variações ou imprevistos que afetam sua saúde financeira. Existem diversas variações que podem oferecer risco financeiro, as principais são: flutuações no mercado, alterações na taxa de juros, inadimplência de clientes e crises econômicas e políticas. 

O Risco Financeiro pode afetar desde pequenos negócios até grandes corporações, trazendo consequências como prejuízos, perda de valor de mercado e até falência, se este não for bem gerenciado.

Os diferentes tipos de Risco Financeiro podem comprometer a lucratividade, o fluxo de caixa e até mesmo a sobrevivência de um negócio, por isso, é necessário gerenciar esse risco para conseguir a sustentabilidade financeira.  

Resumidamente, o Risco Financeiro está relacionado à incerteza sobre o retorno esperado de um investimento ou a capacidade de cumprir obrigações financeiras, como dívidas e compromissos contratuais.

Risco Financeiro na prática: Uma empresa agrícola que produz soja ou milho está exposta à volatilidade dos preços dessas commodities. Se o preço internacional da soja cair drasticamente após a plantação, a empresa pode não conseguir vender sua produção por um valor que cubra seus custos, resultando em prejuízos financeiros. 

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Quais são os tipos de Riscos  Financeiros?

Já sabemos que o Risco Financeiro está presente em todos os aspectos das operações empresariais e pode ser altamente imprevisível. Por isso, é  indispensável ter conhecimento sobre os diferentes tipos de risco, como o risco de mercado e a instabilidade financeira, para que sua empresa tome decisões estratégicas e adote medidas preventivas.

Possuir uma estratégia de gestão financeira bem estruturada é fundamental para implementar eficazmente medidas de gerenciamento de risco. Essa é a melhor maneira de proteger seu patrimônio e garantir a longevidade do seu negócio em um mercado competitivo e em constante evolução. 

Continue a leitura para conhecer os diferentes tipos de Risco Financeiro e como gerencia-los. 

Risco de crédito

O risco de crédito é a possibilidade de que um indivíduo, uma empresa ou o governo não consiga cumprir com suas obrigações financeiras, como o pagamento de empréstimos ou dívidas.

Esse risco ocorre quando o devedor não paga os valores devidos dentro do prazo estipulado ou se torna inadimplente e é bastante comum especialmente em setores onde há concessão de crédito. Entre esses setores estão: instituições financeiras, bancos, empresas que realizam vendas a prazo e mercados de títulos de dívida. 

Sempre que uma empresa ou instituição empresta dinheiro, concede crédito ou vende a prazo, existe o risco de o devedor não cumprir suas obrigações financeiras.

O risco de crédito está presente em diversas áreas econômicas como: 

  • Bancos e instituições financeiras: essas instituições enfrentam o risco de crédito quando concedem empréstimos a indivíduos ou empresas.
  • Empresas privadas: quando vendem produtos ou serviços a prazo e correm o risco de seus clientes não pagarem.
  • Investidores: se compram títulos de dívida, ficam expostos ao risco de inadimplência dos emissores.

Como gerenciar? 

Por ser um Risco Financeiro constante em qualquer cenário que envolva crédito ou empréstimos, ele está entre os principais fatores monitorados. Para gerenciar o risco de crédito, empresas e instituições utilizam ferramentas como análises de crédito, garantias, seguros de crédito e, no caso de bancos, provisionamento para perdas de crédito.

Risco de liquidez

O risco de liquidez é a possibilidade de uma empresa não conseguir cumprir suas obrigações financeiras de curto prazo devido à falta de recursos líquidos suficientes. 

Em outras palavras, esse risco ocorre quando uma organização não consegue converter seus ativos em dinheiro de forma rápida o suficiente para cobrir suas dívidas, ou quando o faz com perdas significativas. 

Esse tipo de risco pode gerar graves problemas financeiros, levando à necessidade de vender ativos a preços desfavoráveis ou até à falência, caso as obrigações não sejam honradas. 

O risco de liquidez pode surgir tanto em empresas quanto em instituições financeiras. A seguir, vamos conferir alguns dos cenários mais comuns:

  • Desequilíbrio entre ativos e passivos: Ocorre quando a empresa tem grandes quantidades de ativos de longo prazo, como imóveis ou equipamentos, mas suas obrigações financeiras são de curto prazo, ela pode não ter dinheiro disponível a tempo de cobrir suas dívidas, salários ou outras despesas operacionais imediatas.
  • Aumento inesperado das despesas: Se uma empresa enfrenta despesas não planejadas, como reparos emergenciais, pagamento de passivos legais ou aumento nos custos de insumos, ela pode ter dificuldades para obter recursos líquidos a tempo.
  • Crises econômicas: Em tempos de crise econômica ou de instabilidade no mercado, a liquidez tende a diminuir, pois os compradores se tornam mais cautelosos e a demanda por ativos pode cair. Isso dificulta a venda de ativos rapidamente, afetando o fluxo de caixa das empresas.
  • Falha no fluxo de caixa operacional: Quando uma empresa depende de suas operações para gerar liquidez e ocorre uma falha significativa no fluxo de receita, como a inadimplência de clientes ou a queda nas vendas, ela pode ter dificuldade em cumprir com suas obrigações financeiras.

Como gerenciar?

Depois de todas essas informações, podemos perceber que gerenciar o risco de liquidez é imprescindível para o sucesso organizacional de qualquer empreendimento. 

São muitas as estratégias para gerenciar esse risco, porém, as mais eficazes são: a diversificação dos fundos de investimento e sempre manter uma reserva de caixa com o valor suficiente para cobrir as obrigações da empresa a curto prazo. 

Risco de mercado

O risco de mercado é a possibilidade de uma empresa ou investidor sofrer perdas financeiras devido à flutuação nos preços de mercado de ativos como ações, commodities, moedas ou títulos. 

Ou seja, esse risco surge das oscilações no valor de mercado dos ativos financeiros, que podem ser influenciadas por fatores econômicos, políticos ou mesmo por eventos imprevistos

O risco de mercado é um dos principais riscos enfrentados por empresas, especialmente aquelas expostas a investimentos e negociações em mercados globais. Como, por exemplo, as startups.

O risco de mercado pode surgir de diferentes maneiras e impactar diversos tipos de ativos e operações financeiras. A seguir, alguns exemplos de como ele ocorre:

  • Variação nos preços de ações: Investidores que possuem ações em uma empresa podem enfrentar perdas quando o preço dessas ações cai. Essa queda pode ocorrer por vários motivos, como o fraco desempenho financeiro da empresa, mudanças na economia ou crises setoriais.
  • Flutuação nas taxas de câmbio: Empresas que operam em mercados internacionais ou têm receitas e despesas em diferentes moedas estão expostas ao risco de câmbio. Se a moeda de um país valoriza ou desvaloriza em relação a outra, os lucros de uma empresa podem ser significativamente impactados. Por exemplo, uma empresa brasileira que exporta produtos para os Estados Unidos pode perder receita se o dólar se desvalorizar em relação ao real.
  • Variação nos preços de commodities: Empresas que dependem de commodities, como petróleo, ouro ou alimentos, podem sofrer com as variações de preços. Por exemplo, se o preço do petróleo aumentar drasticamente, uma empresa de transporte pode ter custos operacionais mais altos, reduzindo suas margens de lucro.

Como gerenciar?

Gerenciar o risco de mercado é essencial para minimizar perdas e proteger o capital de uma empresa ou investidor. Algumas estratégias comuns para lidar com esse tipo de risco são a diversificação de ativos, setores ou regiões e a definição de limites para a exposição ao risco de mercado.

Risco operacional

O risco operacional é a possibilidade de uma empresa sofrer perdas financeiras ou danos à sua reputação devido a falhas em processos internos, sistemas, pessoas ou eventos externos inesperados. 

Esse tipo de risco é inerente a todas as operações empresariais e pode ocorrer em qualquer setor, desde serviços financeiros até indústrias de manufatura. Ele não está diretamente relacionado ao mercado ou ao crédito, mas sim à forma como a organização gerencia suas atividades cotidianas e seus colaboradores.

O risco operacional pode ocorrer de várias maneiras, afetando desde pequenas falhas diárias até grandes crises organizacionais. Vamos aos exemplos mais comuns: 

  • Erros humanos: Falhas causadas por colaboradores, como entrada incorreta de dados, tomada de decisões equivocadas ou descumprimento de normas, são uma das principais causas de risco operacional. Um exemplo clássico é um erro de cálculo financeiro que resulta em prejuízos ou problemas com clientes.
  • Falhas em sistemas e tecnologia: A tecnologia desempenha um papel central nas operações de muitas empresas, e falhas de sistemas, interrupções em servidores, ataques cibernéticos ou software desatualizado podem causar grandes perdas operacionais. Se um sistema de pagamento online de um banco, por exemplo, falha, isso pode gerar prejuízos tanto financeiros quanto de confiança por parte dos clientes.
  • Problemas em processos internos: Procedimentos mal definidos ou ineficientes podem resultar em falhas na produção, entregas atrasadas, erros de logística e ineficiências gerais que afetam a rentabilidade. Um processo de manufatura mal gerido pode gerar produtos defeituosos ou fora do padrão, resultando em perda de clientes e retrabalho.

Como gerenciar?

O gerenciamento do risco operacional não só protege os recursos financeiros de uma empresa, ele tem o poder de proteger sua reputação e sua imagem perante aos consumidores

É essencial se atentar e pôr em prática estratégias que realmente funcionam, principalmente em empreendimentos que fornecem serviços. Algumas estratégias eficazes incluem: o uso de automação e tecnologia, o treinamento adequado de colaboradores, planos de contingência e mapeamento de processos

Instabilidade financeira

A instabilidade financeira é uma condição em que o sistema financeiro ou uma economia específica enfrenta incertezas significativas, levando a flutuações nos preços de ativos, dificuldade no acesso ao crédito e, muitas vezes, crises econômicas. 

Quando há instabilidade financeira, empresas e instituições podem ter dificuldades em manter suas operações, o que pode resultar em recessão, perda de empregos e até mesmo falência de empresas. Um exemplo de instabilidade é a crise que vivemos durante a pandemia de COVID-19.

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Ademais, em uma situação de instabilidade, os mercados se tornam voláteis, com aumentos e quedas inesperadas nos preços de ações, títulos e moedas. Empresas podem enfrentar dificuldades para acessar financiamento, e consumidores tendem a perder confiança, reduzindo seus gastos, o que agrava ainda mais a situação econômica.

A instabilidade financeira pode ser causada por uma variedade de fatores, desde questões econômicas globais até crises localizadas. Alguns dos principais gatilhos incluem:

  1. Crises Econômicas Globais: Mudanças repentinas na economia global podem afetar a estabilidade financeira de muitos países. Quando grandes economias enfrentam crises, isso pode causar uma reação em cadeia, impactando mercados ao redor do mundo.
  2. Mudanças nas Taxas de Juros: Alterações bruscas nas taxas de juros, especialmente aumentos significativos, podem impactar negativamente empresas e consumidores. Quando as taxas sobem, o custo do crédito aumenta, o que pode levar a uma redução no consumo e no investimento, impactando o crescimento econômico.
  3. Crises Políticas e Sociais: Instabilidades políticas, como mudanças de governo, guerras, ou revoluções, podem desestabilizar economias inteiras. A incerteza sobre políticas econômicas, regulamentações ou o futuro do governo pode causar pânico nos mercados, resultando em crises financeiras.

Como gerenciar?

Gerenciar a instabilidade financeira exige uma combinação de estratégias que envolvem o monitoramento cuidadoso das condições econômicas, políticas preventivas e ações corretivas rápidas em momentos de crise. A principal abordagem para gerenciar esse tipo de situação são as políticas monetárias, criadas para estabilizar a economia.

Risco de solvência 

O risco de solvência refere-se à possibilidade de uma empresa ou instituição financeira não conseguir honrar suas obrigações financeiras de longo prazo. Resumidamente, é o risco de uma empresa não ter recursos suficientes para pagar suas dívidas à medida que estas vencem, o que pode resultar em falência ou liquidação. 

Diferente do risco de liquidez, que está relacionado a dificuldades financeiras de curto prazo, o risco de solvência envolve a saúde financeira de uma organização a longo prazo e sua capacidade de se manter operando.

O risco de solvência pode surgir em diversas circunstâncias, incluindo má gestão financeira, baixo desempenho operacional, dívidas excessivas ou choques econômicos externos. Mas, as principais causas incluem:

  1. Endividamento Excessivo: Uma das principais causas de risco de solvência é o acúmulo excessivo de dívidas. Quando uma empresa toma empréstimos repetidamente sem garantir que terá fluxo de caixa suficiente para pagar seus compromissos, pode acabar em uma situação insustentável. 
  2. Baixa Rentabilidade: Empresas que não geram lucro suficiente enfrentam dificuldades para cobrir suas despesas operacionais e pagar suas dívidas de longo prazo. Se as receitas não são suficientes para manter a operação e ainda pagar os credores, a solvência é ameaçada.
  3. Má Gestão Financeira: Empresas que não adotam práticas financeiras prudentes, como não gerenciar adequadamente seu caixa, acumular passivos sem controle ou não manter reservas de capital, estão mais propensas a enfrentar problemas de solvência.

Como gerenciar?

Gerenciar o risco de solvência é essencial para garantir que uma empresa possa se manter estável financeiramente a longo prazo. A prática mais eficiente para lidar com esse Risco Financeiro é o monitoramento constante do fluxo de caixa.

Como calcular o Risco Financeiro?

É imprescindível calcular as ameaças financeiras, pois esse cálculo permite que as empresas tomem decisões mais informadas e preparem estratégias de mitigação. Isso contribui significativamente para a segurança do negócio e ajuda a evitar surpresas que possam comprometer o patrimônio ou os investimentos.

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Já conhecemos os diferentes tipos de Risco Financeiro, suas principais causas e como gerenciá-los. Agora, continue a leitura para aprender como calcular esse risco. 

Lembrete do Nibo: Existem diferentes formas de calcular o Risco Financeiro, variando conforme o tipo de operação ou o setor da empresa. Hoje, separamos três de algumas das soluções mais utilizadas:

Análise do Valor em Risco (VaR)

O VaR é uma técnica que estima a perda potencial máxima de um ativo ou portfólio dentro de um período específico e com determinado nível de confiança. Ele considera a volatilidade dos retornos e a correlação entre os ativos para calcular o valor exposto a risco. O VaR é amplamente utilizado em mercados financeiros e é útil para entender o impacto de eventos de mercado adversos.

Razões Financeiras 

Empresas podem calcular o Risco Financeiro por meio de índices financeiros como o índice de liquidez corrente (ativos circulantes divididos por passivos circulantes) e o índice de cobertura de juros (lucro operacional dividido por despesas com juros). Esses indicadores revelam a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto e longo prazo, fornecendo uma visão clara da sua saúde financeira.

Análise de Cenários e Simulações de Monte Carlo

Essa técnica envolve a criação de cenários hipotéticos para testar como diferentes condições de mercado afetariam o desempenho financeiro da empresa. A simulação de Monte Carlo, em particular, utiliza um grande número de variáveis e distribuições probabilísticas para prever a exposição ao risco, permitindo uma visão mais detalhada das possíveis variações. Ela é considerada por muitos uma das análises mais complexas.

Como fazer gerenciamento do Risco Financeiro?

Gerenciar o perigo financeiro é um processo fundamental para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável da sua empresa ou investimento. 

É importante ressaltar que esse é um processo contínuo e estratégico, que vai ajudar sua empresa a se preparar para enfrentar incertezas, preservar o patrimônio e garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Será preciso realizar a identificação, avaliação e mitigação de potenciais ameaças que possam impactar negativamente a saúde financeira da organização. Por isso, para fazer o gerenciamento de Risco Financeiro de forma eficaz, é importante seguir alguns passos estruturados:

Primeiro passo: Identificação dos Riscos

Esse é o primeiro passo do seu gerenciamento, é necessário identificar as possíveis fontes de incertezas que possam afetar a organização. Os principais tipos de Risco Financeiro que ameaçam empresas brasileiras incluem: 

  • Risco de mercado: Oscilações nos preços de ativos, taxas de câmbio, taxas de juros ou commodities.
  • Risco de crédito: Possibilidade de inadimplência por parte de clientes ou contrapartes.
  • Risco de liquidez: Falta de recursos para cobrir obrigações financeiras de curto prazo.
  • Risco operacional: Falhas internas em processos, pessoas ou sistemas.

Segundo passo: Avaliação dos Riscos

Após identificar os riscos, é necessário avaliar a probabilidade de cada um ocorrer e o impacto potencial que podem ter sobre sua empresa. Isso pode ser feito por meio de ferramentas como:

  • Análise de dados históricos: Avaliação de registros passados para prever tendências e possíveis ameaças.
  • Modelos estatísticos: Use ferramentas como o Valor em Risco (VaR) para estimar a perda máxima potencial.
  • Matriz de risco: Um gráfico que cruza a probabilidade de ocorrência com a severidade do impacto, ajudando a priorizar riscos.

Terceiro passo: Desenvolvimento de Estratégias de Mitigação

Com os riscos identificados e avaliados, o próximo passo é desenvolver estratégias para mitigar ou minimizar seu impacto. As principais abordagens incluem:

  • Diversificação: Investir em diferentes ativos, mercados ou segmentos de clientes para reduzir a exposição a um único fator de risco.
  • Hedging: Uso de contratos de derivativos ou seguros financeiros para proteger contra flutuações nos preços de mercado ou taxas de câmbio.
  • Controle de crédito: Estabelecer políticas claras de crédito, avaliar a capacidade de pagamento dos clientes e utilizar garantias ou seguros de crédito.

Quarto passo: Monitoramento Contínuo

É preciso estar ciente que o gerenciamento de Risco Financeiro não é uma tarefa única; é um processo contínuo. As condições de mercado e os fatores internos mudam ao longo do tempo, por isso, é essencial monitorar constantemente os riscos e ajustar as estratégias conforme necessário. 

O uso de relatórios financeiros regulares, auditorias internas e sistemas de alerta antecipado pode ajudar a detectar novas ameaças. 

Quinto passo: Implementação de Controles e Governança

Implementar políticas de governança e controles internos rigorosos é uma parte essencial do gerenciamento das ameaças financeiras. Isso inclui:

  • Políticas de alçada: Definir limites para aprovações de despesas ou decisões de crédito.
  • Auditorias regulares: Verificação das práticas financeiras e operacionais para garantir conformidade com as melhores práticas.
  • Treinamento de equipe: Capacitar os colaboradores para identificar e responder a potenciais riscos.

Último passo: Planos de Contingência

Desenvolver planos de contingência é crucial para situações de risco inesperadas. Esses planos devem incluir ações específicas a serem tomadas caso um risco se materialize, como estratégias de emergência para garantir liquidez ou medidas para cortar custos rapidamente em tempos de crise.

Dica do Nibo: Existem algumas boas práticas que adotamos e recomendamos para você que deseja manter sua empresa longe de riscos financeiros.

  • Diversifique sua receita
  • Crie um fundo de reserva
  • Automatize o monitoramento contábil
  • Acompanhe regularmente os indicadores econômicos
  • Faça contratos sólidos e tenha proteção jurídica 

Conclusão

Em suma, o Risco Financeiro é uma realidade inevitável no mundo dos negócios. É fundamental para a saúde e sustentabilidade de qualquer organização saber identificar, calcular e mitigar essas ameaças. 

Seja por meio de uma boa gestão do risco de crédito, liquidez, mercado ou operacional, o gerenciamento adequado pode fazer a diferença entre o sucesso e a falência de uma empresa. 

Adote ferramentas, estratégias de diversificação, governança robusta e monitoramento constante para proteger seu patrimônio e garantir a longevidade no cenário competitivo atual. Ao seguir essas práticas, sua empresa pode minimizar suas vulnerabilidades e enfrentar com mais segurança as incertezas do mercado.

Conte com a gente para te auxiliar na gestão e no controle de riscos financeiros!

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