O que torna duas empresas tão distantes entre si em sua atividade principal tão mais próximas do que é exigido por seus idealizadores? Um bom exemplo são as empresas citadas no título deste post: Google e Wal-Mart conseguem uma excelente gestão contábil por uma simples razão: ambas utilizam o sistema OKR para garantir o alcance de seus objetivos.
OKR é a abreviação para “Objetivos e Resultados-Chave” (em inglês, Objectives and Key Results).
A metodologia permite transformar os objetivos da empresa em cascatas, e pode ser aplicada em qualquer empresa, independentemente de sua atividade-fim, possibilitando melhores resultados, que podem ser facilmente observáveis na gestão contábil.
Nas grandes empresas, as decisões macro são tomadas pelos CEO’s e, depois, repassadas para outros departamentos. Dessa forma, todas as pessoas que estejam atuando na empresa podem ter apenas um objetivo, ou seja, caminham na mesma direção.
No entanto, é necessário que as equipes envolvidas também tracem seus métodos, objetivos e estratégias de uma forma que possam conseguir alcançar esse objetivo.
Se considerarmos a forma de ação estratégica no Google, verificaremos que a política interna de OKR dessa que é uma das maiores empresas do mundo, tem como objetivo alcançar metas e atingir resultados.
A forma como cada equipe vai executar suas tarefas não é o mais relevante, desde que os resultados sejam entregues.
Assim, cada equipe pode atuar da forma como considerar mais adequada, uma vez que nem tudo que funciona para um grupo pode ser interessante para outro.
No entanto, para que a metodologia seja eficiente na gestão contábil, é necessário entender que o sistema deve ser parte da cultura empresarial, ajudando cada equipe a estabelecer prioridades.
Como parte da cultura da empresa, o sistema OKR pode ser implementado em qualquer empresa e em qualquer ramo de atividade.
No Google, por exemplo, o esquema foi implantado quando a empresa ainda não possuía um ano de existência e quanto o OKR nem mesmo tinha um nome apropriado.
Um dos modelos de implementação do OKR é através de ciclos trimestrais, em que a ideia é que os objetivos e resultados sejam apresentados após esse período de tempo.
Explicando melhor, o conceito de OKR trimestrais ágeis consiste em criar somente OKRs para o período determinado, sem vincular os resultados com o objetivo anual.
Dessa forma, são criados objetivos e resultados para todos os níveis da empresa, desde o global até os individuais, pensando apenas nos próximos três meses.
Para que o OKR tenha melhor funcionamento, é interessante começar com poucos objetivos, focando em determinados pontos, como qualidade, eficiência e valor, por exemplo, já que assim é possível aos colaboradores entender melhor como deve funcionar o sistema.
No final dos três meses, os OKRs são revisados, eliminando o que não tenha dado certo e incrementando novos resultados, mantendo o foco naquilo que está oferecendo benefícios para a empresa.
Na gestão contábil, os OKRs podem ser implementados através dos resultados financeiros obtidos dentro do prazo de três meses. Assim, é possível conseguir resultados de forma incremental, ou seja, aplicando na empresa aquilo que está trazendo maior produtividade e lucratividade.
O modelo trimestral é o mais comum para empresas de menor porte, embora já tenha apresentado resultados em empresas de grande porte.
A maior vantagem do sistema de OKR trimestral é a simplicidade na definição de objetivos e resultados e a assertividade na gestão contábil, uma vez que as revisões trimestrais oferecem respostas mais rápidas e permitem gerar melhorias de forma constante.
Contudo, sempre é importante analisar o que pode ser melhor para cada tipo de empresa ou atividade. É importante para o empresário conhecer e testar os modelos de OKR, ao mesmo tempo em que ouve o feedback de sua equipe.
Apenas para oferecermos alguns modelos, veja como as diferentes empresas aplicam o OKR juntamente com suas equipes:
A implementação do OKR no modelo trimestral exige alguns pontos de atenção:
Através do modelo trimestral de OKR, o tempo se torna bastante menor para conseguir resultados que possam ser implementados ao longo do ano todo, fazendo com que as melhorias possam ser claramente percebidas na gestão contábil com o passar do tempo.
O modelo tradicional de criação de metas e objetivos sempre é feito de cima para baixo, na maior parte das vezes em acordo através da reunião da diretoria, sem o envolvimento do conjunto de integrantes da equipe. Esse método é conhecido como Top Down.
O método inverso é o Bottom Up, ou seja, cada colaborador define seu objetivo e se torna responsável pelo seu alcance.
Essa metodologia é bastante aplicada em startups, uma vez que não exige maior esforço para ser executada e cada colaborador se torna responsável pelos seus objetivos, reduzindo o investimento em tempo e dinheiro.
Para aplicar o OKR na gestão contábil, o ideal é reunir os dois métodos, ou seja, as decisões podem ser tomadas pela diretoria e disseminadas pela empresa.
Cada equipe pode estabelecer o seu próprio objetivo e procurar os meios para alcançá-los. No entanto, os objetivos devem ser criados em torno do que foi estabelecido pela diretoria, para que todos fiquem envolvidos no objetivo coletivo empresarial.
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A Google e o Wal-Mart utilizam a metodologia dos OKRs na gestão, e da mesma forma também é possível implantá-la na gestão contábil.
Além de traçar os objetivos, esse modelo ainda mensura o seu alcance, fazendo com que melhorias e resultados apareçam. Seguindo esse processo, fica muito mais fácil para um contador atingir uma gestão contábil excelente.
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