A gestão humanizada visa tornar o ambiente de trabalho mais colaborativo, enriquecendo o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os colaboradores. O gerenciamento aqui tem uma escuta ativa às necessidades das pessoas e compreende que para um crescimento sustentável é preciso garantir o bem estar da equipe.
Amanda Pimentel, diretora do time de Pessoas do Nibo, conduziu uma conversa com dois especialistas em gestão de pessoas: Carolina Brito, Gerente de Aquisição de Talentos no Descomplica, e Bruno Touguinhô, Head of People na Horus. Essa união de jornadas rendeu muitas reflexões e dicas que você não pode perder.
Assista ao webinar:
Ter abordagens mais humanas que percebem a individualidade das pessoas é algo que se mostra cada vez mais importante para colaboradores escolherem e permanecerem em empresas. Colocar o foco nas pessoas significa que a empresa preza pelo bem-estar de todos, sempre buscando alcançar metas sem desrespeitar limites.
A produtividade e busca por resultados não é contrária à gestão humanizada, grandes empresas estão investindo cada vez mais em melhorias nessa área por se mostrarem extremamente positivas para motivar e desenvolver o rendimento dos colaboradores. A pressão constante, falta de suporte e excesso de trabalho podem afetar a saúde dos colaboradores e acarretar diversos males, como depressão, estresse, ansiedade e síndrome de burnout. Evitar essas situações é um dos principais benefícios de uma gestão mais humana.
Carolina Brito afirma que lealdade, conexão e confiança são a base para construir relações mais verdadeiras, nas quais a cultura de feedback pode ser feita de modo transparente e segura. O intuito é todos estarem confortáveis para sugerir melhorias relacionadas ao trabalho, com objetivo de ter resultados mais expressivos.
A gestão humanizada vai além de aprimorar relações interpessoais dentro das empresas. A diversidade é uma parte importante da gestão de pessoas, ter um time multicultural significa ter uma pluralidade de gênero, etnia, crenças e orientação sexual. E para isso é preciso buscar estes perfis e criar oportunidades para quem está em grupos minoritários.
De acordo com Carolina, você deve olhar para seu time e colocar em perspectiva com a população em geral, existe apenas um perfil empregado? Se for, seu negócio está perdendo dinheiro e restringindo sua capacidade de inovação. Isso porque hoje já se sabe que empresas mais igualitárias e inclusivas geram melhores condições para a criatividade de seus colaboradores. Com menos medo de errar e novos pontos de vista, o potencial de transformação da sua empresa é muito maior, além de evitar problemas pelo desconhecimento de causas diversas.
Já Bruno Touguinhô trouxe a importância de fazer a seleção de um modo empático e confiável, sendo verdadeiro sobre as condições de trabalho e oferecer uma resposta a todos os participantes.
Para começar ainda hoje a estruturar mudanças na sua gestão, nossos convidados compartilharam algumas dicas a todos gestores e gestoras. Para Carolina Britto, 3 práticas são fundamentais para a gestão humanizada:
Diagnóstico: para se ter uma empresa mais humana é preciso começar entendendo as pessoas que a compõem, por isso, mapeie seu time e entenda como seu processo de seleção pode melhorar;
Escuta ativa: coloque as pessoas no centro da conversa e das mudanças, levando em consideração a opinião dos profissionais que compõem sua equipe. É importante saber aceitar outras soluções e caminhos;
Letramento: tenha uma preocupação em estudar e entender pessoas com vivências e origens diferentes, procure referências para estar preparado para lidar com situações que você nem mesmo pensou que existia.
Para nosso outro convidado, Bruno Touguinhô, as considerações finais foram relacionadas a felicidade corporativa, que é sobre oferecer um ambiente confortável para que as pessoas possam ser respeitadas independentemente de suas individualidades. O impacto de ações voltadas para a satisfação das pessoas são duradouras e a melhor forma de manter e atrair talentos para seu negócio.
Pode-se notar esses pontos na fala de Bruno “ Felicidade corporativa é o que diz respeito sobre o quão confortável a pessoa se sente no ambiente de trabalho, sobre como o propósito da pessoa vai de encontro aos resultados de seus esforços. Como seu trabalho muda a vida dos clientes? Além do sentimento de pertencimento que é quando o colaborador cria um laço além do profissional com seus colegas e com suas responsabilidades.”
Com a gestão humanizada a gente pode ter uma rotina mais leve e colaborativa, mudanças podem tomar tempo e esforço, mas são importantes para empresas se manterem ativas no mercado.